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Trabalhar o empreendedorismo infantil na escola: é possível?

Desenvolver a capacidade de empreender é cada vez mais necessário na sociedade contemporânea.

Marília TeófiloMarília Teófilo
Leitura: 5 min
Trabalhar o empreendedorismo infantil na escola: é possível?

Desenvolver a capacidade de empreender é cada vez mais necessário na sociedade contemporânea que busca cidadãos responsáveis e capazes de encontrar soluções criativas para os diversos problemas sociais que temos enfrentando. Por isso, quanto antes ela começa a ser estimulada, melhor.

O que é e como ser empreendedor? 

Empreendedor é aquele que apresenta iniciativa e tem a capacidade de identificar, nas diversas situações do cotidiano, soluções para os problemas enfrentados por um grupo, por exemplo, ou mesmo pela sociedade. 

O que é importante destacar é que todos podemos ser empreendedores. Embora algumas pessoas já apresentem esse perfil desde cedo, ainda na infância, as capacidades essenciais a um empreendedor são facilmente desenvolvidas a partir da prática constante. 

Mas quais são as competências que um empreendedor deve ter? 

As características para o empreendedorismo estão fortemente associadas às habilidades socioemocionais. Por meio destas o sujeito desenvolve boas relações interpessoais e torna-se apto a organizar, planejar e alcançar objetivos de forma mais eficiente. 

Algumas das habilidades-chave de um perfil empreendedor são: inovação, comprometimento, proatividade, autonomia, cooperação, disciplina, resiliência, perseverança, empatia, tolerância, respeito, otimismo, autoconfiança, criticidade, análise e criatividade. 

Uma vez que o indivíduo adquire essas capacidades, consegue ver o mundo com outro olhar, mais amplo, e não tem receio de tentar solucionar dificuldades de maneira diferente e ousada, afinal, confia em si mesmo e tem a paciência necessária para alcançar seus objetivos. 

Vale ressaltarmos que diversos educadores têm se dedicado a pensar alternativas para desenvolver tais habilidades já no ensino básico, visando preparar os alunos para um mundo altamente exigente. 

Nesse sentido, devemos considerar a importância que a educação infantil representa na formação dos sujeitos.  

Por que começar a desenvolver o empreendedorismo no ensino infantil? 

É na educação infantil que a criança estabelece seus primeiros vínculos sociais e afetivos, externos ao ambiente familiar. É também nessa etapa que elas devem experimentar e vivenciar uma ampla gama de práticas e atividades com o objetivo de descobrirem mais sobre si mesmas e sobre o mundo do qual fazem parte. 

A partir disso, elas conseguem adquirir capacidades para interagir, observar, reagir e expressar-se, além de desenvolver hábitos que permanecerão ao longo de suas vidas. 

Ora, se a sociedade contemporânea busca por cidadãos empreendedores, por que não educar as crianças, desde cedo, nesse sentido? Por que esperar até que entrem no mercado de trabalho e precisem buscar outros cursos e formações para adquirir as competências que suas relações sociais demandam? 

Sem dúvida alguma, o ideal é começar a incorporar tais condutas desde os anos iniciais das crianças na escola. Assim, elas são educadas para analisar criticamente o mundo e fazer diferença, transformando suas realidades sociais com criatividade e responsabilidade, não sendo meros agentes passivos do processo ensino-aprendizagem. 

5 ideias para aplicar com os alunos

O processo para o desenvolvimento de um perfil empreendedor no ensino infantil precisa ser compreendido como algo lúdico e regido por brincadeiras que tenham sentido para os alunos, ou seja, as vivências devem estar associadas ao contexto da crianças. Além disso, precisam estimular a autonomia, a liberdade e a responsabilidade delas. 

A seguir, 5 ideias de práticas com o intuito de desenvolver habilidades para empreendedorismo: 

1° Realização de projetos multidisciplinares vinculados a questões sociais

É possível discutir com as crianças sobre questões sociais relevantes na atualidade e criar um projeto, distinto para cada turma da escola, para ser desenvolvido ao longo do ano, no qual os alunos devem identificar problemas de seus contextos e buscar soluções criativas para os mesmos. 

Nessas dinâmicas são estimuladas as habilidades de trabalho em colaboração, empatia, responsabilidade social e análise crítica. 

2° Produção dos materiais e brinquedos para as práticas em sala de aula

Ao invés de utilizar apenas materiais e recursos prontos, estimular as crianças a produzirem seus próprios brinquedos e objetos que serão utilizados nas dinâmicas é uma forma de incentivá-las a inovarem, bem como colaborarem umas com as outras para a produção de algo comum a todos. 

Além disso, ao produzirem seus próprios materiais adquirem um sentimento de competência e ampliam a autoestima. 

3° Exposição de produções artísticas

O trabalho com a arte é sempre bastante rico para o desenvolvimento da criatividade, da liberdade de expressão e da disciplina. Ao expor suas criações para outras pessoas as crianças são também incentivadas a pensar previamente sobre o que estão apresentando e por quê. Adquirem propósitos em suas ações. 

Ainda, aprendem a organizar e a planejar eventos, adquirindo habilidades de gestão. 

4° Criação de conteúdos para divulgação em mídias sociais

O contexto contemporâneo exige a compreensão e o uso da tecnologia e, junto a isso, das diversas mídias sociais. Estimular os educandos a criar seus próprios conteúdos é integrá-los à realidade social da qual fazem parte, além de ser uma vivência divertida na qual a liberdade de expressão e a criatividade são o foco principal. 

Eles podem produzir fotos, vídeos de animação, textos para blogs, quadrinhos, etc. 

5° Atuação em projetos voluntários

Cidadãos responsáveis são aqueles que sabem que podem agir para transformar e melhorar a sociedade que integram. Portanto, deve-se incentivar os alunos a participarem de projetos voluntários e ajudar aos outros, percebendo os problemas apresentados por diferentes grupos sociais. 

Capacidades como empatia, solidariedade, senso de coletividade e respeito são fortemente ampliadas a partir de tais vivências. 

Acima indicamos apenas algumas propostas para utilizar no ensino infantil, mas existem ainda várias outras que os próprios alunos são capazes de imaginar. Para isto basta deixá-los agirem de maneira autônoma e expressarem livremente suas ideias, ou seja, basta deixá-los empreenderem desde cedo. 

Marília Teófilo
sobre o autor:

Marília Teófilo | CEO da Eduqhub

Sou mãe de cinco, Pós-doc em maternidade, empreendedora, designer de aprendizagem, Pedagoga, educadora, pesquisadora, escritora com doze livros publicados e apaixonada por educação, tecnologia e empreendedorismo.

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